Polícia

'Não peguei arma', diz acusado de mandar matar PM em Maricá

Publicada às 12h03 / Atualizada às 13h12

Imagem ilustrativa da imagem 'Não peguei arma', diz acusado de mandar matar PM em Maricá
|  Foto: Foto: Marcelo Tavares
Depoimento do dono de uma imobiliária aconteceu na seda da delegacia de Maricá (82ª DP) na manhã desta segunda. Foto: Marcelo Tavares

Uma das últimas etapas do inquérito que apura a morte do primeiro sargento da Polícia Militar Alex Correia, baleado na última semana durante uma negociação para a compra de um terreno em Maricá, segue nesta segunda-feira (3) com o depoimento do segundo acusado de ser o mandante da morte do PM. O militar acabou não resistindo e morreu na última sexta-feira (31).

O depoimento do dono de uma imobiliária aconteceu na seda da delegacia de Maricá (82ª DP) na manhã desta segunda. Contra ele, foi cumprido mandado de prisão na noite deste domingo (2).

Por volta das 10h30 ele foi levado para realizar o exame de corpo de delito no Instituto Médico legal (IML), do Barreto, na Zona Norte de Niterói. Na saída da distrital, ele negou a acusação.

"Eu não assumo nada, não peguei arma nenhuma. Eu não posso me defender, já estou agarrado mesmo", disse o empresário. Segundo a Polícia Militar, ele já tinha anotações criminais por exercício ilegal da profissão e crimes contra a fauna.

Segundo a Polícia Civil, os inspetores não têm dúvidas de que o dono da imobiliária tenha participação no crime. O inquérito, que está sob investigação da Delegacia de Maricá (82° DP), conseguiu durante a semana passada informações conclusivas de que o proprietário do estabelecimento imobiliário mandou o funcionário realizar a ação contra o PM.

No decorrer desta segunda-feira (3) o delegado titular, Luiz Henrique, irá coletar o depoimento para saber qual foi o motivo da ação realizada contra o policial que morreu nesta sexta-feira (31), após ficar quatro dias internado no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá.

Arma

Na última quarta-feira (29), um outro homem, de 58 anos, apontado como autor dos disparos que vitimaram o policial militar lotado no 4° BPM (São Cristóvão), foi preso na Rua Roque Barbosa, no bairro Jardim Bangu, na zona oeste do Rio. 

Investigadores encontraram na manhã desta segunda-feira (3) o revólver calibre 38 mm, que, segundo a polícia, foi utilizada pelo acusado para matar o sargento da Polícia Militar. O armamento estava escondido na casa do dono da imobiliária, de acordo com os agentes.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação é uma briga envolvendo a compra de um terreno, mas a distrital não passou detalhes sobre o desentendimento entre as partes. A arma foi localizada enterrada no jardim da residência. Uma pia foi colocada por cima do buraco. Três projéteis intactos também foram localizados.

Ainda segundo a polícia, um veículo modelo Voyage, branco, usado no crime, foi localizado em uma oficina. O carro foi levado para a sede da Delegacia de Maricá (82° DP), no Centro da cidade. Ainda em sede policial, o empresário negou a autoria do crime. Ele será ouvido por volta das 15h na delegacia.

A polícia também havia encontrado uma outra arma na noite da última terça-feira (28), que poderia ter sido utilizada no crime, mas foi descartada. Segundo a Polícia Militar, policiais do 12° BPM (Niterói) com apoio de outros batalhões realizaram diligência e conseguiram surpreender o acusado dentro de uma casa. Ele confessou a autoria do crime.

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